Um estudo conduzido por pesquisadores do Tisch Cancer Institute, que centraliza os estudos sobre a doença no hospital universitário Mount Sinai, em Nova York, conseguiu identificar de maneira inédita um gene que funciona como um “superpotencializador” de crescimento de células malignas em cânceres de cólon, usando a inflamação circundante ao ambiente do tumor.
Publicada na segunda-feira (17) na revista Nature Communications, a pesquisa inova ao revelar que o próprio ambiente ao redor de um tumor de câncer de cólon pode funcionar como um intensificador nas células cancerígenas da pele. O fenômeno ocorre em uma área complexa do DNA, com alta concentração da maquinaria que leva à transcriação dos genes e estabelece se uma célula é maligna.
Eliminando o superpotencializador
Entre os diversos potencializadores (enhancers) de células – sequências curtas de nucleotídeos capazes de estimular a progressão de doenças – um deles foi considerado maior que todos os outros: o que regula o gene PDZK1IP1. Essa proteína epitelial não é normalmente considerada um gene de câncer, mas, quando foi suprimida pelos pesquisadores, o crescimento da doença de cólon diminuiu.
Para o primeiro autor do estudo, o pós-doutorando Royce Zhou, da Faculdade de Medicina Icahn do Monte Sinai, “esse câncer depende de cirurgia para tratamento, e as imunoterapias revolucionárias para tratamento do câncer avançado funciona apenas para um pequeno subgrupo de pacientes.“
Dessa forma, tanto o PDZK1IP1 quanto o seu superpotencializador podem ser eleitos como alvos de terapias anticâncer. Possíveis tratamentos usando essa abordagem podem fazer a diferença no tratamento do câncer de cólon, o terceiro mais prevalente e o segundo mais mortal nos Estados Unidos.
ARTIGO – Nature Communications – DOI: 10.1038/s41467-022-33377-8.
Fonte: TECMUNDO