Os preços de commodities dispararam e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 4,10% em maio, depois de avanço de 1,51% em abril, ficando levemente acima das expectativas dos economistas.
A projeção para a leitura divulgada nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) era de alta de 4,00% em pesquisa da Reuters. Com o resultado do mês, o índice acumulou em 12 meses alta de 37,04%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, passou a subir em maio 5,23%, após alta de 1,84% no mês anterior.https://8aab048db37f56551feab7bb83e0d3c9.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“Os preços de commodities importantes voltaram a pressionar a inflação ao produtor”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços, chamando a atenção para o avanço nas taxas de variação dos itens minério de ferro (de -1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (de 3,43% para 18,65%) e milho (de 8,70% para 10,48%). “Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA.”
Entre os componentes do índice, o grande destaque foi o grupo Matérias-Primas Brutas, que disparou 10,15% em maio, após variar 1,28% em abril.https://8aab048db37f56551feab7bb83e0d3c9.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A pressão da alta dos preços para o consumidor também ficou maior no mês, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de peso de 30% sobre o índice geral, acelerando a alta a 0,61% em maio, de 0,44% em abril.
O grupo Habitação foi o principal responsável por essa leitura, com ganho de 1,16% em maio, ante alta de 0,39% no mês anterior. Os preços da tarifa de eletricidade residencial aceleraram a alta a 4,38% este mês, contra 0,06% em abril.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, passou a subir 1,80% no período, de avanço de 0,95% em abril.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.